quarta-feira, 25 de novembro de 2009

PRATIQUE MALABARES

O malabarismo como ajuda terapêutica

"É impossível saber que impulso moveu o primeiro malabarista a praticar o Malabares. Mas pode-se saber que, de imediato, foi considerado pelo homem como algo digno de ver. Na antiga pré-história, o homem já havia inventado formas de manejar objetos chamativos e inúteis. Em algumas civilizações , estas habilidades deixaram seu rastro na mitologia e na religião. Há ritos de adivinhações na cultura indígena nos quais uma flecha é manejada pelo Xamã de uma forma complicadíssima, incluindo equilíbrio de diversos tipos antes de lançá-la para ser interpretada.
Mas é muito mais freqüente aparecer tal como conhecemos hoje em dia, como arte/entretenimento e como espetáculo. Na tumba do faraó Beni Hassan (1900 d.C.) aparece a descrição de uma boda em hieróglifos talhados na pedra das paredes. Entre os músicos e o jantar aparece uma série de desenhos de uma malabarista realizando os diversos jogos com seu repertório de bolas. Existem documentos Chineses, Egípcios, Bizantinos, Gregos e Romanos que mostram desenhos com o malabarismo.
No século V, já existia terapia com Malabares para criança epiléptica. A lista de indicações para o malabarismo foi aumentando, atualmente o Malabares é indicado para pessoas com dificuldade de aprendizado, excepcionais, deficientes físicos, alcoólatras e dependentes químicos. Até senilidade, artrites ou problemas causados por acidentes vasculares no cérebro.
Em relação aos alcoólatras, drogados e viciados em medicamentos, resultados mostram que estes pacientes quase sempre têm dificuldades na reação e coordenação motora o que pode acarretar sérios problemas. O malabarismo apresenta uma forma racional e significante de enfrentar esses problemas. A agilidade e a concentração devem ser despertadas no início com fáceis movimentos e exercícios com bolas posteriormente iniciando com o Malabares em si.
Experiências nos EUA mostram bons resultados na terapia de ocupação. Pacientes com alguma forma de paralisia reativam o lado saudável e o desenvolve. Pessoas com ferimentos cerebrais conseguiram excelentes resultados com o Malabares cruzado (exercício do malabarismo).
O malabarismo ajuda a ativar os dois lados do cérebro (o criativo e o racional)Os iniciantes usam mais o lado esquerdo, a parte analítica do cérebro. Estes seguem os movimentos das bolas com os olhos com total concentração. Os experientes com o Malabares usam o lado direito, que é o lado criativo do cérebro (as pessoas canhotas o oposto).
No inicio da terapia é importante concentrar no movimento de jogar e agarrar. No inicio, a meta é treinar os olhos observando os vôos dos objetos. Quanto mais devagar o objeto voa (por exemplo toalhas, lenços...) mais fácil é agarrá-lo, na imaginação também O cérebro comunica o trajeto do objeto, a sua posição e a sua velocidade. De modo que o cérebro se prepara para comandar os braços e as mãos no momento exato de agarrar os objetos. Com o tempo, os movimentos serão aprimorados, ganhando maior noção de tempo, espaço e velocidade. As reações motoras tornam-se mais rápidas, os músculos dos olhos são exercitados e os movimentos das mãos ficam mais seguros. Isto também é muito bom para crianças estrábicas e as que trocam letras ou que tem dificuldades com a leitura. Pessoas canhotas que foram reeducadas para escrever com a mão direita fazem confusões e apresentam dificuldades na escrita.
O malabarismo é uma escola para aprender a "ver", a "observar" e a "olhar". Sempre começando com exercícios mais leves aos poucos aumentando o grau de dificuldade."


(Kascade, Therapeutishe möglichkeiten) - Revista Alemã
(Tradução de Martha Caetano)

Nenhum comentário:

Postar um comentário